Ideias
infantis sobre a escrita:
- A criança não se depara com a
escrita no 1 dia de aula na escola, ela já vem para escola com um repertório
próprio
- Avaliar o que a criança sabe
sobre a escrita independente do que a escola ensina.
- Ana Teberosky e Emilia Ferreiro
começaram a analisar a criança por outro ângulo, através da perspectiva
genética, evolutiva, considerando, também, o que sabe sobre o pensamento
infantil, a psicologia da educação, a linguística e a psicolinguística.
- Nessa pesquisa descobriram o
processo pelo qual as crianças constroem seu próprio sistema de escrita e de
leitura. Esses métodos questionavam profundamente os métodos escolares
tradicionais e levaram as novas perguntas sobre como ensinar a linguagem
escrita na escola.
- Escrever não é a mesma coisa que desenhar:
- O mundo que rodeia a criança é
um mundo gráfico – excesso de propagandas, outdoors, figuras, imagens.
- Elas convivem com objetos reais
e representação de signos diversos
- A primeira diferenciação que
estabelecerão refere-se à distinção entre os desenhos, por um lado, e outros
signos, como letras, números, grafias diversas;
- Nas primeiras séries, nas salas
de maternal, as crianças começam a diferenciar o que é desenho e letra, entre
desenhar e escrever.
- Grafismos primitivos, rabiscos e pseudoletras
-não são
desenhos e nem letras convencionais
- Diferenças entre letras e números
A criança
notará que existem dois tipos de signos gráficos, além de desenhos: letras e
números
- Escrita sem controle de quantidade
–uma vez que as crianças já sabem que para escrever
se usam signos especiais, propõem-se o problema de como podem escrever
diferentes coisas. Em algumas crianças –não em todas-, aparece um momento
evolutivo em que as escritas ocupam toda a largura da página.
- Escritas fixas
– repetem as letras que já conhecem – em muitas vezes letras dos nomes.
A PROPOSTA CONSTRUTIVISTA
A PROPOSTA
- O falar, o ler e o escrever
acontecem juntos
- aprendizagem é espontâneo
- Não há adoção de um sistema
único ou predeterminado. Não se usa cartilhas ou textos com o objetivo de levar
a essas associações. Deve-se trabalhar com textos próximos a realidade da
criança, que façam parte do universo infantil.
PROCEDIMENTOS
- Identificar o nível de escrita em que a criança está.
- Escrever livremente
- Piaget fundamenta-se em equilibração e desiquilibração
–essa última se dá pelo contato com um novo conhecimento, é a assimilação de um
elemento novo com a incorporação de estruturas já esquematizadas.
*ALFABETIZAÇÃO CONSTRUTIVISTA
EMBASADOR – Jean Piaget, Emilia
Ferreiro, Ana Teberoski.
- Palavra chave – aproximação e observação
- FASES:
- Nível 1 – pré-silábica ( fase pictórica, gráfica, primitiva
e pré-silábica propriamente dita)
- Nível 2 –intermediário 1
- Nível 3 – silábico
- Nível 4 – Intermediário II ou silábico-alfabético
- Nível 5 - alfabético
1- Do desenho a escrita:
·
Nível
1 – pré-silábico
- Fase pictórica –2 a 3 anos
-garatujas, desenho sem figuração e mais tarde desenho com figuração. Crianças
que são estimuladas desde muito cedo começam a rabiscar e experimentar
símbolos, muitas vezes já usam a linearidade, já mostrando consciência sobre as
características da escrita.
- Fase gráfica primitiva – a criança
registra símbolos e pseudoletras, misturadas com letras e números, utiliza o
que conhece para registrar - bolinhas,
traços, riscos e pedaços de letras. –
costuma perguntar muito ao adulto sobre a representação que vê em seu ambiente.
-Fase pré-silábica – Começa a
diferenciar desenho de letra e de números e reconhece o papel das letras na
escrita. Percebe que as letras servem para escrever, mas não sabe como isso
ocorre.
Apresenta as seguintes concepções:
- Falta de consciência da
correspondência entre pensamento e palavra escrita.
- Não há reconhecimento do valor sono
convencional, isto é, não é observada a relação existente entre o som A e a letra
A.
- Não interessa a ordem das letras –
a escrita não é estável,
- Impressão de que a leitura e a
escrita só acontece com muitas letras – letras diferentes e variadas.
- Acreditam que letras e sílabas não
se repetem na mesma palavra. E comum nessa fase, dizer que precisa de muitas
letras para escrever elefante e poucas letras para escrever formiguinha.
● NO NÍVEL 2 – INTERMEDIÁRIO I
-Confusão na escrita, leva a criança
a ficar insegura – diz que não vai se arriscar pq não sabe escrever.
-Conhece e usa alguns valores
convencionais – escreve ELEFANTE - EXTATEUXE
- começa e termina com E.
● NÍVEL 3- SILÁBICO:
- Quando chega nesse nível, a criança sente-se mais confiante
porque descobre que pode escrever com lógica. Ela conta os pedaços sonoros, ou
seja, as sílabas e coloca uma letra para cada sílaba, - ex – BOLA – B /A.
- Silábico com valor sonoro – tem correspondência sonora –
ex- BOLA – B/A
-Silábica sem valor sonoro – não tem correspondência sonora –
ex – BOLA – SO
-Características do nível silábico:
- Aceitação de palavras com uma ou mais letras, mas ainda com
uma certa hesitação. Algumas vezes, depois de escrever coloca mais uma letra só
para “ficar mais bonito”. Ex – UALXTO – uva.
-Não identifica categorias lingüísticas – verbos, artigos,
substantivo.
-Maior precisão na correspondência som com letra, o que não
ocorre necessariamente sempre. E freqüente que numa frase, algumas palavras
sejam registradas com recorte silábico. O essencial dessa hipótese é a
sonorização ou fonetização da escrita, inexistentes em fases anteriores.
●NÍVEL INTERMEDIÁRIO 4 OU SILÁBICO ALFABÉTICO
- É um momento
conflitante, pois a criança precisa negar a hipótese silábica.
- No pré-silábico , ninguém, além do professor, consegue ler
o que ele escreve, e nesse momento, a criança se vê sem saída. Isso acontece
principalmente quando ela usa somente as vogais, porque a mesma combinação de
letras serve para escrever uma porção de palavras. Nesse momento, o professor,
precisa propor atividades que levem a criança a observar a distância entre sua
escrita, a escrita convencional.
- O valor sonoro toma força e a criança começa a acrescentar
letras principalmente na primeira sílaba.
Exemplo – (tomate) – TOAT
-A criança está um passo da escrita alfabética.
● NÍVEL 5 – ALFABÉTICO
- Consegue ler e e
expressar graficamente o que pensa ou fala;
- Compreensão da logicidade da base alfabética da escrita. Ex
– a criança sabe que os sons G e A são grafados ga e que T e O – dá TO – e se forma GATO.
- Conhecimento da sonoridade de todas as letras
- Escreve foneticamente , mas apresenta erros ortográficos, o
que é normal nesse processo. A correção
ortográfica e a fixação de regras acontecem no ano seguinte – segundo ano do
ensino fundamental 1.
VANTAGENS
- O aluno é o principal agente da aprendizagem
- Gera maios interesse do aluno
-Aspecto lúdico desperta o interesse das crianças
-Professor – precisa se atualizar constantemente – sempre em
processo de formação.
DESVANTAGENS
- Déscredito dos pais, já que a aprendizagem não é imediata.
-Professores novatos ficam inseguros, já que o método não
exige um planejamento prévio
- A criança não se depara com a
escrita no 1 dia de aula na escola, ela já vem para escola com um repertório
próprio
- Avaliar o que a criança sabe
sobre a escrita independente do que a escola ensina.
- Ana Teberosky e Emilia Ferreiro
começaram a analisar a criança por outro ângulo, através da perspectiva
genética, evolutiva, considerando, também, o que sabe sobre o pensamento
infantil, a psicologia da educação, a linguística e a psicolinguística.
- Nessa pesquisa descobriram o
processo pelo qual as crianças constroem seu próprio sistema de escrita e de
leitura. Esses métodos questionavam profundamente os métodos escolares
tradicionais e levaram as novas perguntas sobre como ensinar a linguagem
escrita na escola.
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