AS
COMPETÊNCIAS PODEM SER ENSINADAS OU APENAS PODEM SER DESENVOLVIDAS?
Existe
um debate teórico sobre a possibilidade de que as competências não possam ser
ensinadas, mas somente desenvolvidas quando são aplicadas em situações reais.
O
modelo de educação tradicional transmissivo, expositivo ou reprodutivo, gera a
impossibilidade de que a competência possa ser ensinada.
O
caráter procedimental e atitudinal revelam que as competências somente podem
ser desenvolvidas pelo aluno.
Entendemos que todo projeto de ensino
se baseia na intencionalidade futura, e torna-se imprevisível em seus
resultados finais, não é imediata, mas que ensinado e aprendido em um contexto
escolar seja útil no momento adequado, na realidade em que se vive, sempre que
na vida cotidiana intervimos e resolvemos os problemas que ela nos apresenta,
estamos atuando de forma competente.
Muitas
vezes somos capazes de converter aquelas aprendizagens descontextualizadas em
ações mais ou menos competentes estamos transferindo as aprendizagens
descontextualizadas, as situações próximas à realidade, é um conteúdo de estudo
da escola.
A
educação de competências representa a busca por estratégias de um conteúdo
satisfatório que atua dentro e fora da escola, nas situações complexas da vida
real, onde o aluno irá se encontrar sua potencialidade como cidadão responsável
e atuante nos esquemas práticos da sociedade.
DESENVOLVIMENTO
Educar para a vida
Finalidade da
educação deve ser propiciar o pleno desenvolvimento de todos os indivíduos, diz
o educador espanhol Antoni Zabala, para quem a escola é lugar de utopias e não
para se consagrar práticas sociais.
Constança Guimarães
Antoni Zabala
|
Defensor incondicional de uma educação que privilegie a formação para a
vida e não para a o ingresso na universidade, o espanhol Antoni Zabala volta ao
Brasil em abril para participar de um congresso internacional de educação que
acontece nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
Formado em Filosofia e Ciências da
Educação pela Universidade de Barcelona, Zabala, hoje diretor do Campus Virtual
de Educação da mesma instituição, foi um dos artífices da reforma do ensino em
seu país após a queda do general Francisco Franco. Autor de
Enfoque Globalizador e Pensamento Complexo (Artmed), luta por mudanças de rumo
na educação consonantes com os novos tempos do conhecimento, porém apenas se
feitas com planejamento e considerando as realidades locais. Na entrevista a
seguir, concedida via e-mail a Rubem Barros, reitera que a escola deve manter o
espaço para a utopia.
O senhor tem sido um crítico da
Educação Básica voltada ao ensino universitário. Pelo que conhece do sistema
educacional brasileiro, o que é preciso fazer para mudá-lo?
O ensino voltado à
universidade é o resultado de uma escola pensada para a minoria que pode vir a
ser universitária. Finalmente conseguimos entender que o sistema educativo deve
ser para todos, e se caminha para a sua universalização. É imprescindível
modificar a interpretação de sua função social. Em última instância, o objetivo
é a formação de todos, entre eles, evidentemente, também os universitários. Mas
a finalidade última não é a universidade, e sim o pleno desenvolvimento dos
indivíduos e suas capacidades cognitivas, motoras, de equilíbrio e autonomia
pessoal e de inserção social. Definida essa direção, é necessário estabelecer
os meios para que cada aluno encontre o caminho adequado a seus interesses e
capacidades.
As mudanças que essa
interpretação da educação exigem do ensino são enormes. Não se consegue mudar
de um modelo propedêutico e seletivo a outro de formação integral apenas com a
elaboração de propostas curriculares. Isso exige um processo que, por suas
dimensões, deve ser dilatado no tempo. Deve-se ter em conta que a peça
fundamental para a mudança é o professor. E, para que ele se envolva, é preciso
que a sociedade o proveja de meios e estímulos para que um desafio dessa
dimensão seja assumido com êxito.
http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/120/artigo234139-1.asp
CRITÉRIOS PARA SE ENSINAR COMPETÊNCIAS
● Sua Relevância
● A complexidade
da situação na qual devem ser utilizadas.
● Seu caráter
procedimental
● O fato de
estarem constituídas por uma combinação integrada de componentes, que são
aprendidos a partir de sua funcionalidade e de modo distinto.
CRITÉRIOS
RELACIONADOS AO SIGNIFICADO
●Eles nos
permitem determinar os conhecimentos prévios que cada aluno tem em relação aos
novos conteúdos de aprendizagem.
●Os conteúdos
devem ser propostos, de forma que sejam funcionais para os alunos.
● Devem
representar um desafio realizável para o aluno, ou seja, que considerem suas
competências atuais e o façam avançar com a ajuda necessária.
●Estimular a
autoestima e o autoconceito em relação ás aprendizagens prepostas, quer dizer
que os alunos poderão sentir que em certa medida, seus esforços valem a pena.
CRITÉRIOS
RELACIONADOS À
COMPLEXIDADES
Enxergar os
critérios relacionados sobre as diferentes aspectos e poder ligados a competências
de ensino, tradicional disciplinas isoladas como o saber estabelecido é
o saber resolver ou abordar a realidade global, que é o apreender a
"ler" um ensino identificando as diferentes situações em grupos ou
individual ou conjunto de coisas relacionadas a vida cotidiana.
CRITÉRIOS
RELACIONADOS AO
SEU CARÁTER PROCEDIMENTAL
Qualquer ação competente é um Procedimento de
Procedimentos
Qualquer ação competente depende do “saber
fazer”, dominar e ser eficiente nas habilidades. Procedimento de procedimentos
é o dominar as habilidades, antes mesmo que aconteçam as interpretações das
situações complexas, propondo alternativas prévias para a solução, sob as
seguintes orientações:
·
Reconhecimento
da informação importante; (O quê? Porque? Quando? E onde?)
·
Revisão
dos esquemas aprendidos; (buscar a confirmação do reconhecimento)
·
Analisar
as informações; (buscar os fatos reais de cada esquema)
·
Valorizar
as variáveis reais (respeitar as possíveis diferenças e mudanças dos esquemas)
· Aplicação
do esquema atuando de forma adequada, com os conceitos, os procedimentos e as
atitudes.
Sequência
de atividades dos Procedimentos alunos:
- ...que o procedimento possa ser aprendido com a capacidade de utilização quando necessário;
- ·...o trabalho sistemático das diferentes ações que os compreendem, bem como insistir sobre eles em diferentes situações e contextos, sempre que convenha;
- ·...ajustar ao máximo uma sequência clara com uma ordem de atividades que seja um processo gradual no aprendizado;
- ·...estarão determinados, a maioria das vezes, pelas características das ajudas fornecidas ao longo da aplicação do conteúdo;
- · ...oportunidade de concluir realizações independentes nas quais possam demonstrar sua competência no domínio do conteúdo aprendido.
CRITÉRIOS
RELACIONADOS AO ESTAR CONSTITUÍDOS POR COMPONENTES DE
TIPOLOGIA DIFERENCIADA
OPERACIONALIZAÇÃO
INFORMAÇÕES ADAPTADAS:
Caracteriza-se a verdadeira troca de pensamentos com o
aluno, seja informando e influenciando sobre sua conduta, seja discutindo
ideias ou colaborando para objetivo comum.
CRÍTICAS: Constitui-se de observações sobre o trabalho
desenvolvido ou sobre a
conduta de ontem,
tendo como tonalidade a afirmação do próprio eu, das próprias
opiniões. Pode assumir a conotação de zombaria ou irônia.
SOLICITAÇÕES:
Compreender não apenas as
solicitações de ajuda, mas também
ordens, súplicas e ameaças.
PERGUNTAS: Esta categoria, como a que se segue, é bastante
óbvia. Pode incluir
perguntas diretas, indiretas, elaboradas e de estrutura discursiva e
complexa.
RESPOSTAS:
Podem ser feitas pelo aluno,
mas também às ordens e solicitações recebidas, algumas diretas e resumidas,
outras elaboradas e até evasivas.
O
ENSINO DAS COMPETÊNCIAS:
A
ANTÍTESE DO ENSINO TRADICIONAL
Esse ensino
tradicional tem vínculos baseados na transmissão verbal, reprodução, provas
convencionais, que acabam não ajudando o aluno a proceder com sucesso na vida.
A escola de ensino
tradicional, é baseada somente no “saber”, ou “teoria sem prática”, em um
conhecimento acadêmico, onde aprende-se fórmulas, tabelas, princípios, conceitos, algarismos, entre
outros, dos quais, o que mais se valoriza é a capacidade de reprodução e não de
aplicação.
“Sabemos” resolver uma equação de segundo grau sem
saber que ela representa, assim esse saber não supri as necessidades nas
soluções da vida.
O ensino das
competências abrange os conhecimentos prévios, motivações para os estudos,
interesse pessoal, oferece desafios, ajuda, avaliações considerando a auto
estima.
Aprende-se fazendo, com uma grande participação,
envolvimento, ritmo, de aprendizagem dos alunos.
QUESTÕES
1.
Quais
as características essenciais do ensino das competências?
·
Sua
relevância
·
A
complexidade da situação na qual devem ser utilizadas seu caráter
procedimental, o fato de estarem constituídas por uma combinação integrada de
componentes que são aprendidos á partir de sua funcionalidade e de modo
distinto.
2.
Qualquer
ação competente é um procedimento de procedimentos?
Como vimos,
qualquer ação competente implica um “saber fazer” no qual é necessário o
domínio de sucessivas habilidades. Podemos dizer que que é um procedimento ao
constatar que é um processo no qual é necessário dominar habilidades prévias de
interpretação.
REFERÊNCIAS
Ø http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/120/artigo234139-1.asp
Ø ZABALA, Antoni/ Arnau, Laia
Como Aprender e Ensinar Competências
1°
Ed – Brasil / Porto Alegre: Edit. ARTMED EDITORA – 2010
N° de páginas:
198 - Brochura
Ação Pedagógica
Objetivo Geral
Incentivar o prazer e o valor da leitura, aproximando os educandos das
diversas histórias infantis, proporcionando o simples prazer de ler e vivenciar
momentos de leitura, para que possam construir espontaneamente o hábito de ler.
Objetivos específicos.
- Ampliar a sensibilidade e o ato criador,
através das artes cênicas e recontos das histórias infantis;
- Valorizar a diversidade, respeitando o
próximo e suas características;
- Conhecer narrativas da Literatura infantil e
desenvolver comportamentos leitores;
- Proporcionar momentos de interação e
socialização através das leituras de mundo e das imagens contidas nos livros
infantis;
- Desenvolver um senso crítico, através da
opinião dos alunos e das histórias compartilhadas;
Conteúdos
·
Passeio
a feira do livro no shopping Interlagos;
·
Dramatização
da história Branca de Neve;
·
Dramatização
da história Chapeuzinho Vermelho;
Recursos
• Livros infantis: Branca de neve e
Chapeuzinho Vermelho;
• Fantasias utilizadas para caracterização dos
personagens;
• Meio de transporte para levar os alunos a
feira do livro;
Cenário para dramatização das duas histórias
infantis
Estratégia
·
Roda de conversa sobre a ida ao shopping, e o
momento da escolha do livro;
· Apresentação das histórias Branca de neve e
Chapeuzinho Vermelho através do livro infantil;
·
Apresentação de filmes das histórias trabalhadas;
· Dramatização das histórias em sala de aula partindo
da fala dos alunos de acordo com sua criatividade e imaginação;
·
Confecção de personagens para exposição feitos com
sucata;
·
Reconto das histórias feitas pelos alunos nas rodas
de conversa;
Desenvolvimento
·
Hora do conto diária e exploração dos livros;
·
Confecção de painéis contendo os trabalhos
desenvolvidos pelos alunos, para apreciação;
·
Confecção do baú de histórias;
·
Ensaio de um possível teatro;
·
Pinturas, colagem e dobraduras dentro do contexto
trabalhado;
·
Identificação de valores encontrados nos personagens
(moral da história);
·
Confecção de um livro gigante de forma coletiva;
·
Apresentação das histórias utilizando diferentes
recursos: fantoches, dedoches, cenários, fantasias;
·
Pinturas no azulejo com base nas histórias
exploradas.
DRAMATIZAÇÃO – BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES
Objetivo da atividade:
Desenvolver a imaginação, ampliar a oralidade
e a interação entre os alunos, através da dramatização em sala de aula,
trabalhando também a memória resgatando aquilo que ficou marcado nas leituras
desse clássico infantil.
Valorizar a família,
através do amor, respeito e obediência, ampliando o vocabulário através da
dramatização a ser realizada.
A criança deve ser vista
como o futuro de nossa sociedade, e por este motivo deve-se estimular o ato de
ler em cada uma delas, para que as mesmas possam estar preparadas para
enfrentar as dificuldades da vida cotidiana, e para que não se percam no tempo
alienadas em frente a uma televisão, um computador ou ao vídeo-game.
Avaliação
Ocorrerá durante
todo processo à partir da observação direta das atitudes do aluno leitor, no
seu cotidiano, dentro do interesse e participação do grupo.
Produto Final
Exposição dos trabalhos realizados durante
todo desenvolvimento do projeto. Confecção do livro coletivo, contendo os
recontos das histórias trabalhadas e das histórias enviadas pelos pais, o livro
será entregue a cada aluno. Passeio a feira do livro em busca da formação dos
pequenos leitores.
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